A entidade havia alertado na quinta-feira (25/5) que a partir de sexta-feira todas as montadoras teriam as linhas de produção paradas, o que foi confirmado durante a manhã, apesar do acordo anunciado na véspera entre o governo e os caminhoneiros, que não foi acatado até o momento de modo visível pelos grevistas.
"A greve dos caminhoneiros afetará significativamente nossos resultados, tanto em vendas, como na fabricação e exportação", advertiu a Anfavea.
A indústria automobilística produz em média 12.600 carros por dia e gera impostos diários de 250 milhões de reais, segundo dados da entidade.
No caso de normalização do transporte rodoviário, o setor tem "uma grande capacidade de recuperação" e, em caso de necessidade, trabalhará no fim de semana, afirmou à AFP uma fonte da Anfavea.
Mas até o momento, os caminhoneiros que protestam contra o aumento do preço do diesel mantêm os bloqueios em pelo menos 24 estados do país.
O governo do presidente Michel Temer e várias associações de transporte chegaram a um acordo para suspender por 15 dias o protesto, com uma série de concessões fiscais em contrapartida.
O movimento provocou escassez e disparada nos preços dos combustíveis e de alimentos.