Bruno Santa Rita*
postado em 24/05/2018 15:30
Unidades do supermercado Carrefour em todo o Brasil começaram a racionar a saída de produtos devido ao impacto da greve dos caminhoneiros no abastecimento. Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, a medida foi tomada com a finalidade de postergar o fim dos estoques para tentar atender a maior quantidade possível de clientes. Segundo eles, o atual volume dos estoques previne os problemas de abastecimento causados pela greve.
O Carrefour ainda informou que estuda outras medidas para seguir o atendimento aos clientes. Segundo a empresa, está sendo feito contato com fornecedores locais para garantir o abastecimento da população.
Abastecimento
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que identificou em alguns mercados o desabastecimento de alimentos. Segundo eles, isso poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, caso a greve continue.
No momento, os supermercados possuem um estoque médio de produtos não perecíveis. A preocupação, no entanto, ocorre diante dos produtos perecíveis. Segundo eles, há informações sobre problemas de abastecimento nos seguintes estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Tocantins, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
A empresa informa que tenta sensibilizar o Governo Federal para que hava uma solução para o impasse que vive o país hoje. "Por enquanto, ainda não temos as estimativas de perdas e prejuízos. Pelas nossas últimas informações, sabemos que governo irá se reunir hoje à tarde com os representantes dos caminhoneiros, e estamos aguardando os resultados desse encontro para a emissão de uma nova nota do setor."
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Outros setores
A indústria e outros setores também reduzem as atividades. Até esta quarta-feira (23/5), 18 fábricas suspenderam ou reduziram as suas atividades. A especulação é que a continuidade da greve obrigue as fábricas a pararem completamente suas atividades até o fim de semana, se não houver um consenso entre caminhoneiros grevistas e governo.
Em São Paulo, a crise chega a paralisar 40% dos ônibus. O rodízio municipal de veículos também foi suspenso.
*Estagiário sob supervisão de Ana Letícia Leão.
*Estagiário sob supervisão de Ana Letícia Leão.