O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, está no Plenário da Câmara dos Deputados para tentar negociar com o presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas, a retirada do PIS/Cofis da proposta. O governo federal alega que a medida acarretaria em um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 15 bilhões.
;Eu vim aqui conversar com o Maia, porque essa decisão precisa ser compensada, então tem que ser analisada com cuidado e responsabilidade. Vai sair de onde esse dinheiro? Porque existem outras demandas da população;, disse. O ministro espera que Maia e Orlando sigam o acordado com o governo - votação apenas da reoneração e a alteração na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) por parte do Executivo.
Nesta quarta-feira (23/5), a Petrobras anunciou a diminuição de 10% no valor do diesel. Com a medida, Marun acredita que já resolveria o problema do alto preço do combustível. Questionado se estudam tomar alguma medida em relação à gasolina, o ministro não confirmou, só disse ;estar avançando;no debate.
Maia decidiu colocar em votação o PL 8.456/17 nesta noite - e incluiu a questão do PIS/Cofis, um tributação sobre o diesel, após se reunir com caminhoneiros em seu gabinete, na Câmara. O deputado contou que a categoria colocou em pauta algumas demandas, mas, a maioria, é de responsabilidade do governo federal. "Naquilo que cabe a nós e pode ser tratado na Câmara, como a reoneração, vamos fazer. O que pudermos fazer para melhorar o ambiente de diálogo, vamos avançar".
Antes da reunião, o grupo estava no Palácio do Planalto, em uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Contudo, a discussão não avançou e um novo encontro foi marcado para quinta-feira (24/5). A principal reivindicação dos motoristas é a diminuição do preço do diesel, mas foram discutidos também outros pontos como a redução do PIS/Cofins sobre o combustível e o fim da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegam sem mercadoria e com eixos suspensos em rodovias federais sob concessão.