Jornal Correio Braziliense

Economia

Ilan defende redução de juros e inclusão na Semana de Educação Financeira

De acordo com o presidente do Banco Central, o cronograma da Agenda BC%2b está apoiado em "mais cidadania financeira, legislação mais moderna, sistema financeiro mais eficiente e crédito mais barato"

Durante abertura da 5; Semana Nacional de Educação Financeira, que ocorreu no auditório do Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (14/5), o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, afirmou que a redução dos juros e a inclusão financeira é um dos objetivos da Agenda BC%2b.

De acordo com ele, o cronograma está apoiado em quatro pilares: ;mais cidadania financeira, legislação mais moderna, sistema financeiro mais eficiente e crédito mais barato. Goldfajn ressaltou que o Ministério da Educação homologou o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento em que há ;inúmeras referências à educação financeira;.

;O texto da BNCC para o Ensino Fundamental. Os esforços renderam frutos: no documento homologado, há inúmeras referências à educação financeira, especialmente quanto à gestão de finanças pessoais e à educação para o consumo e, também, à educação econômica;, disse o presidente do BC. ;A BNCC apresenta a educação financeira como tema a ser incorporado, preferencialmente de forma transversal e integradora, aos componentes curriculares na escola;, completou.

Goldfajn também destacou os novos meios de pagamentos e transações, como o internet banking. ;Cartões de crédito e de débito continuam substituindo os pagamentos em espécie e, em 5 de 6 larga escala, os cheques. Mais recentemente, a inovação tecnológica tem propiciado o surgimento de novas instituições, as chamadas fintechs, com um novo perfil de atendimento e provendo, de forma inovadora, serviços financeiros por meios eletrônicos;, afirmou.

O presidente do Banco Central disse que a educação financeira é um fator fundamental na preparação de um ambiente seguro e sustentável para o consumidor destes novos serviços. ;Uma melhor educação financeira implica em uma demanda e uso mais responsável e adequado do crédito, um menor risco de endividamento excessivo e, portanto, uma menor inadimplência. Esses efeitos contribuem para a redução do custo do crédito, um dos pilares da nossa Agenda BC ;, destacou.

Educação financeira

O diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Fábio Coelho, disse que a realidade brasileira impõe desafios para a disseminação da educação financeira no país. ;As pesquisas que avaliam o nível de conhecimento básico trazem números curiosos;, disse sobre um levantamento do Banco Central junto com Serasa e Ibope. ;53% assumiram não fazer um orçamento planejado. 69% não pouparam nenhuma parte da renda nos últimos 12 meses;, alegou. ;Cartão de crédito é a principal ferramenta de uso e, em seguida, carnês de lojas;, acrescentou.

Paulo dos Santos, representante da Superintendência de Seguros Privados (Susep), ressaltou que, portanto, é preciso educação financeira para tomar decisões mais planejadas e acertadas. O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, destacou que a inclusão financeira depende de uma séries iniciativas com ;cunhos distintos para alcançar públicos distintos;.

Barbosa também disse que é fundamental que seja criado e divulgado essa educação para cidadãos da melhor idade, ;que são aqueles mais vulneráveis aos esquemas e golpes;. ;Vemos que é preciso uma mudança cultural, aprender a falar sobre dinheiro e investimentos abertamente. No longo prazo, os resultados virão;, alegou.

Também participaram os influenciadores digitais Nathalia Arcuri, jornalista e fundadora do canal ;Me Poupe!”, Thiago Nigro, empreendedor e criador do canal ;O Primo Rico; e Márcio Fernandes, autor do livro ;Felicidade dá lucro;.