O preço da gasolina se tornou um tormento não apenas para os consumidores, mas, também, para o governo. De olho em medidas que possam garantir mais popularidade à sua gestão, o presidente Michel Temer pediu que o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, encomende estudos para viabilizar o barateamento dos combustíveis.
Tudo ainda segue no campo das análises e não há previsão de quando ficará pronto o levantamento, nem sequer se haverá como promover uma queda do preço da gasolina. Afinal, a intenção do governo é não adotar medidas populistas, como o represamento do valor dos combustíveis. Caso contrário, seria um tiro no pé, uma vez que a atual gestão se orgulha de ter resgatado a credibilidade da Petrobras junto aos investidores.
;Represamento foi algo adotado na gestão petista (de Dilma Rousseff). O presidente quer uma solução que não crie conflito com o mercado;, ponderou um interlocutor de Temer. Não é para menos a preocupação do governo. No acumulado em 12 meses encerrados em abril, o preço médio da gasolina subiu 17,95%. A escalada da inflação dos combustíveis compromete o orçamento das famílias e joga contra as expectativas do governo em se popularizar para elevar o capital político de Temer, pensando, até mesmo, em ;vendê-lo; em uma eventual aliança com o PSDB.