Jornal Correio Braziliense

Economia

Ilan diz que não acredita que haverá guerra comercial entre EUA e China

Ilan afirmou ainda que a política monetária no Brasil tem sido estimulativa e ajudado o País a sair da crise


O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que não acredita que haverá guerra comercial resultante das tensões entre EUA e China sobre o tema. "É cedo para fazer ilações", disse. "Estamos num mundo onde muita coisa começa ruidosa e não acaba com o ruído que inicia. Precisamos aguardar para ver como ficam disputas comerciais. Alguma negociação vai ter, as coisas vão se assentar, mas há risco de que isso não ocorra."

[SAIBAMAIS]Na avaliação do presidente do Banco Central, numa conjuntura com disputas comerciais e que pode afetar o crescimento global, tal fato afeta todos os países e nenhum vai se beneficiar dessas disputas. "Para o Brasil, a melhor conclusão é chegar a um acordo e a economia mundial seguir adiante."

Política monetária


Goldfajn afirmou ainda que a política monetária no Brasil tem sido estimulativa e ajudado o País a sair da crise. "Qualquer projeção de 2,5% e 3% para PIB neste ano está na margem razoável", destacou.

Na avaliação de Goldfajn, a política monetária administrada pelo Banco Central "está fazendo o seu papel", mas a recuperação da economia é gradual. "Vão ter meses com crescimento maior e meses com crescimento menor ou até de 0%. O que tem que se observar é para a tendência de crescimento ao longo do tempo. Não tem fórmula mágica, olhar para um mês ou apenas dois meses."

Segundo o presidente do BC, a economia brasileira tem diversas incertezas, que são externas e internas, fatores sobre os quais o Banco Central não tem domínio. "Isso é uma das razões por que o crescimento não é mais forte."

Goldfajn ressaltou que os membros da diretoria do BC não fazem análises exclusivas para números de alta frequência e a cada reunião do Copom é adotada uma decisão sobre as taxas de juros.

Ele fez as afirmações em entrevista coletiva para jornalistas em meio aos eventos oficiais de que participa na reunião do Fundo Monetário Internacional, em Washington.