O Brasil continua a perder espaço entre os maiores exportadores e importadores do mundo. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) revelam que, mesmo com um aumento importante de vendas gerado pela recuperação dos preços de commodities, o Brasil caiu da 25.; para a 26.; posição em 2017 entre os maiores exportadores do mundo.
Entre os importadores, o País ocupa a 29.; posição. Em 2016, o Brasil era o 28.; maior comprador e chegou a ser o 21.; em 2013. Agora, a nova posição é a pior desde 2003, quando o Brasil chegou a ser o 30.; maior importador do mundo e com apenas 0,7% do mercado.
Os números revelam que houve uma expansão das exportações nacionais, beneficiadas amplamente pela alta nos preços de commodities. Em volumes, a alta foi de 6,8%. Mas em valores, ele atingiu mais de 17,5%.
A taxa de crescimento das vendas do País ficou bem acima da média mundial, que registrou uma expansão de 10,6% em 2017. No total, o Brasil exportou US$ 218 bilhões. Mas outros cresceram de forma mais intensa e, mesmo com os bons resultados, o Brasil foi superado por Malásia, Arábia Saudita e outras economias. O resultado foi a queda de um posto no ranking dos maiores exportadores.
Em termos de participação no mercado internacional, o Brasil manteve uma fatia de 1,2%, mesma taxa de 2016. Hoje, Polônia, Austrália ou Tailândia exportam mais que o Brasil ao mundo.
O Brasil, que chegou a ser o 22; maior exportador do mundo, previa estar entre os 20 primeiros se a crise não tivesse atingido os preços de sua pauta exportadora a partir de 2011.
Líder
Nesse ranking, a líder é a China, com US$ 2,2 trilhões em vendas em 2017. Os americanos aparecem com US$ 1,54 trilhão, em segundo lugar.
Para 2018 e 2019, as previsões extraoficiais sobre o Brasil apontam que a expansão no volume de bens exportados também perderá força. Para este ano, as estimativas sugerem um crescimento de 5,7%, contra 4,3% em 2019.
O fim da recessão no Brasil permitiu, de fato, que as importações voltassem a aumentar em 2017, depois de três anos de contração nas compras de bens estrangeiros. No ano passado, elas aumentaram em 9,7% em valores, atingindo US$ 157 bilhões. Mas ainda abaixo da pequena economia da República Checa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.