O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, desmentiu que a meta de inflação será reduzida para 3,75% em 2021, 0,25 ponto percentual a menos que o estabelecido para 2020, por conta da inflação mais baixa verificada nos últimos meses. Notícia veiculada por um jornal nesta quinta-feira (12/4) afirma que o governo já teria batido o martelo sobre a decisão. "A informação está simplesmente errada", disse o ministro, após reunião ministerial no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (12/4).
[SAIBAMAIS]O ministro foi firme ao dizer que a possibilidade não foi sequer discutida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por ele; o ministro do Planejamento, Estever Colnago; e o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn. ;Não reconhecemos o número. Não houve nenhuma decisão com relação à meta de inflação, e essa decisão não será tomada agora. Não estamos discutindo esse tema;, afirmou. Segundo Guardia, a informação não partiu de nenhum dos membros do Conselho.
Em nota conjunta, o CMN também negou que a meta de inflação para 2021 já esteja definida e ressaltou que a discussão sobre o assunto ainda será feita. A decisão só deve ser tomada em 26 de junho. ;Não é verdadeira a informação, divulgada por veículo da imprensa, de que a meta de inflação de 2021 já esteja definida. A discussão sobre a referida meta ainda não foi iniciada e, como é de conhecimento público, ela somente será definida e comunicada na reunião do CMN marcada para o dia 26 de junho;, diz a nota.
A meta de inflação para este ano, já definida pelo CMN, é de 4,5%. Para 2019, é de 4,25% e para 2020, 4%. O mercado financeiro acredita que a inflação este ano deve ficar em 3,53% e, em 2019, em 4,09%.