Jornal Correio Braziliense

Economia

Pausa em corte nos juros pode ser necessária, avalia Goldfajn

Ele sinalizou que o grupo deve cortar a Selic em mais 0,25 ponto percentual, fazendo com que os juros ficassem em 6,25% ao ano

. Ele apontou que foi o ;melhor relatório de inflação; que leu nos últimos tempos

Goldfajn apontou que o país está crescendo de forma ;consistente;, mas que é preciso dar continuidade às reformas, citando a mudança no sistema previdenciário e a autonomia do Banco Central. Ele destacou que o cenário externo atual é benigno, com juros mais baixos, com fluxo de capital e crescimento global. Mas, se ocorrer o contexto se tornar ;mais adverso;, a não aprovação de medidas reformistas poderiam potencializar ;riscos;.

Quanto à autonomia do BC, o presidente da autoridade monetária alegou que a discussão sobre a proposta está ;andando bem;. ;O governo está avaliando a melhor forma legislativa de encaminhar o projeto. Está indo de acordo com o esperado;, disse. Perguntado se o texto será aprovado ainda este ano no Congresso Nacional, Goldfajn respondeu: ;eu espero que sim;. Goldfajn também destacou que, com a saída do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, da pasta, as políticas econômicas e monetárias não vão mudar.

Cheque especial


Goldfajn também destacou que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) vai anunciar, em abril, mudanças no cheque especial. De acordo com ele, a medida visa mudar o ambiente de créditos no país e reduzir o spread bancário.

O presidente do BC também afirmou que os juros bancários estão caindo de forma ;mais ou menos compatível; com outras experiências de cortes, mas defende que gostaria de uma queda mais rápida das taxas bancárias. ;E nós estamos trabalhando para isso;, afirmou, destacando que o BC está adotando medidas para ampliar a concorrência e diminuir custos.

Divulgação


A coletiva de imprensa desta quinta (29/3) foi a primeira de uma nova iniciativa do Banco Central em tornar a comunicação do órgão mais ;clara; e ;objetiva;. A intenção é de que Goldfajn faça quatro entrevistas coletivas de imprensa por ano, que ocorreriam sempre na divulgação dos Relatórios Trimestrais de Inflação. ;Isso é feito em vários Bancos Centrais do mundo e acreditamos que é um avanço na transparência e é um passo bem-vindo;, afirmou Ilan Goldfajn.

Além de fazer o balanço do cenário econômico, cabe ao presidente do BC discursar sobre a condução da política monetária. A coletiva de imprensa também é transmitida pelo canal da autarquia no YouTube.