A Eletrobras apresentou, em 2017, prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão, divulgou a estatal nesta terça-feira (27/3). O resultado foi influenciado, principalmente, pelas provisões operacionais de R$ 4,7 bilhões relativas a empréstimo compulsório e impairment (reavaliação dos ativos) e pelo prejuízo do segmento de distribuição, de R$ 4,2 bilhões. Já o resultado de 2016, quando foi registrado lucro de R$ 3,5 bilhões, foi influenciado, principalmente, pela contabilização da remuneração relativa aos créditos da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE).
[SAIBAMAIS]No quarto trimestre de 2017, a Eletrobras apresentou prejuízo líquido de R$ 4 bilhões, enquanto, no mesmo período, no ano anterior, as perdas foram de R$ 6,4 bilhões. O prejuízo líquido gerencial do trimestre foi de R$ 491 milhões, 155% inferior ao apresentado no quarto trimestre de 2016.
O lucro líquido gerencial obtido em 2017 foi de R$ 178 milhões, 22% inferior ao resultado de R$ 229 milhões de 2016. Já a receita operacional líquida apresentou crescimento de 21%, passando de R$ 25,6 bilhões em 2016 para R$ 30,9 bilhões em 2017. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou crescimento de 44%, passando de R$ 3,0 bilhões em 2016 para R$ 5,5 bilhões em 2017.
Conforme a estatal, os destaques positivos, no ano passado, foram a receita operacional líquida de R$ 37,9 bilhões, a Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA, que é um ativo regulatório) positiva no montante de R$ 1,441 bilhão e a contabilização da remuneração relativa à RBSE no valor de R$ 4,923 bilhões.
Às 9h, o Tribunal de Contas da União realiza um seminário sobre a privatização da Eletrobras, com abertura do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. À tarde, na sede da Eletrobras em Brasília, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, apresentará os resultados da empresa em 2017, além de abordar o andamento do ;Desafio 22: Excelência Sustentável;, o Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022.