As medidas protecionistas adotadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupam Temer. A sobretaxa de 25% ao aço importado, e de 10% ao alumínio demandado de outros países, pode causar um risco à balança comercial. Diante disso, o emedebista declarou ao Fórum Econômico Mundial para a América Latina que está atuando no intuito de conectar empresas brasileiras fornecedoras dos insumos com companhias norte-americanas para pressionarem o Parlamento do país a modificar as medidas.
[SAIBAMAIS]Não é para menos a preocupação de Temer. Afinal, os EUA são o segundo maior parceiro comercial brasileiro. ;E, nesta questão do aço, realmente há uma grande preocupação;, disse o presidente. Ele destacou que, segundo tratados internacionais, a taxação do aço pode variar de 0% a 4,5%. ;E houve uma taxação de 25% no caso do aço. Temos que tratar isso com muito cuidado;, declarou.
O chefe do Executivo federal disse, ainda, que uma empresa norte-americana cogita a possibilidade de demitir milhares de funcionários em caso de redução da exportação brasileira em decorrência das medidas protecionistas de Trump. Para isso, o trabalho de pressionar o Parlamento norte-americano é uma alternativa viável.
;Estamos conectando as empresas brasileiras fornecedoras de aço para os EUA com as empresas americanas que recebem esse aço. Tanto empresas norte-americanas e estrangeiras poderão trabalhar em conjunto com o Congresso americano, que é muito forte, evidentemente, para tentarem modificar;, destacou Temer.
Outra alternativa ressaltada por Temer é recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). ;Se não houver uma solução digamos assim, amigável e rápida, vamos formular uma representação. Não unilateralmente, mas com todos os países que tiveram prejuízo em função dessa medida tomada. Estamos trabalhando. Para nós, é importante solucionar isso;, destacou o presidente. O emedebista não fez questão de repudiar o protecionismo nas relações comerciais. ;Nós, aqui, somos contra todo e qualquer protecionismo. somos pela abertura plena dos nossos mercados e dos mercados em relação ao Brasil;, disse.