Afinal, qual é o caminho das pedras para se reinventar num mercado ditado pelas novas tecnologias e economia criativa? Foi para trazer inspirações a respeito que a EI! Comunidade de Empreendedorismo e Inovação, da Fundação Assis Chateaubriand, realizou na noite da última quinta-feira (8/3) o encontro Ei! Explore ; Desafios do empreendedor no mundo hiperconectado. O evento reuniu estudantes e profissionais da iniciativa privada, órgãos públicos e do terceiro setor, interessados em atualizar seu perfil e encarar as transformações trazidas da chamada quarta fase da Revolução Industrial. O convidado para falar sobre o tema foi Israel Batista, professor de história, coach e intraempreendedor.
O encontro trouxe uma série de casos de grandes empresas que quebraram por deixarem de inovar e não estarem atentas às mudanças de comportamento do mercado. Por outro lado, cases de sucesso de outras que estão revolucionando o mercado, além de exemplos de brasilienses que estão fazendo a diferença com serviços que utilizam tecnologias, com um olhar para o que público tem demandado. ;Estamos em um momento de transformações importantes na nossa forma de produzir bens e oferecer serviços. Historicamente, toda vez que tivemos uma mudança de fase da Revolução Industrial desde o século 18, houve grandes traumas, celeuma, desemprego. E os empreendedores sempre passam por esses problemas justamente porque não sabem o que significam essas transformações nem como reagir ou se antecipar a elas;, observa o professor Israel Batista.
Os principais desafios enfrentados pelos empreendedores hoje, na avaliação do historiador, estão relacionados à capacidade de esses profissionais ressaltarem características que são somente humanas e insubstituíveis. Entre eles, manter-se sempre atualizado, optar por negócios e produtos que tenham por base a criatividade, desenvolver a empatia (se colocar no lugar do outro) e focar em necessidades individuais do consumidor, atributos que uma máquina não pode atender.
Bytes e neurônios
Diante da limitação de recursos naturais para produção de bens e serviços hoje, afirma o historiador, é preciso mergulhar na economia criativa e focar essa oferta no que é mais abundante e livre de escassez: bytes e neurônios. ;O empreendedor precisa ser inovador e ter como base do seu negócio a criatividade, inventar e usar o cérebro para criar novas experiências de acesso a produtos e serviços. Toda a nossa cadeia industrial hoje está ameaçada. Não sabemos quais serão os novos empregos, mas sabemos que eles dependerão da capacidade criativa dos trabalhadores;, destaca Israel Batista, ao lembrar que, antes de se lançar um projeto hoje, deve-se fazer questionar se é possível vender o produto ou serviço pelo smartphone, e se esse serviço atende a uma demanda que vai permanecer como demanda nos próximos 10 anos.
Os insights inspiraram a publicitária Tamy Alves, 24 anos, que criou um perfil nas redes sociais voltado para divulgar onde comer em Ceilândia e está em busca de soluções para monetizar a ideia: ;Esse tipo de evento acrescenta bastante, abre a nossa mente. Para mim, que estou tentando fazer de um hobby um negócio, me trouxe várias ideias e saio daqui inspirada.; Da mesma forma, o comerciante Roberto Cunha, 54 anos, que tinha um negócio no ramo de artesanato no Rio de Janeiro e acaba de chegar em Brasília, focado em novas possibilidades de empreender. ;Cada cidade tem seu jeito de ser. O bate-papo serviu para eu sentir um pouco mais o que é a cidade e me conectar com as tendências mundiais, de como empreender melhor, atender melhor e vender bem.;
Agenda de eventos
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