Depois da reunião desta quarta-feira (28/2) com executivos da Moody;s, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a agência de risco está preocupada com as eleições presidenciais de 2018 e com o curso da reforma da Previdência Social, que foi ;suspensa; até o fim da intervenção federal no Rio de Janeiro.
Meirelles apontou que, com o país crescendo, resta à agência a cautela com a aprovação da reforma previdenciária e as eleições presidenciais deste ano. ;Eles (executivos da Moody;s) colocam uma questão, e que é compreensiva, de que vai ter eleição (no Brasil) e precisamos ver qual vai ser a política econômica adotada pelo próximo presidente em 2019;, disse. ;De última análise, eles confirmam nossos pontos (de preocupação);, completou.
Sobre a reforma da Previdência, Meirelles voltou a dizer que a medida é necessária e precisa ser tomada no próximo ano. ;A dívida pública de longo prazo e a trajetória fiscal é muito vinculada à Previdência;, disse o ministro, destacando que as contas públicas precisam de corte de gastos obrigatórios.
Neste ano, as agências Standard e Fitch já rebaixaram a nota de investimento do Brasil de BB para BB-. A Moody;s também deve anunciar o rebaixamento na próxima semana. A maior preocupação é com o deterioramento das contas públicas e o adiamento da reforma da Previdência. Fontes do governo afirmam que o rebaixamento deve ocorrer.