"Não existe desenvolvimento econômico com carga tributária elevada, que sufoca o investimento, e a quem quer crescer. Por outro lado, os impostos não serão reduzidos no país, enquanto o gasto público não for cortado". Esse é o principal dilema da economia brasileira, no momento, segundo Raul Velloso. O economista é um dos palestrantes do Correio Debate: Tributação e Desenvolvimento Econômico, marcado para o próximo dia 6 de março, das 9h às 11h, no auditório do Correio.
A participação é gratuita, porém, limitada, e as inscrições podem ser feitas pela internet. Para o especialista em contas públicas, o país vive ;a maior crise fiscal"
de todos os tempos e, por isso, o foco de governantes e especialistas deve ser o de "unir esforços para a descoberta de caminhos que permitam atacar o déficit público."
"Um bom lado para uma discussão é o abandono da reforma da Previdência. O governo jogou a toalha, o que se traduz num desastre absoluto para as contas públicas", diz. "Se a reforma não for feita, não vamos, nunca, abrir espaço para a redução da carga tributária, e melhorar a qualidade dos impostos", continua.
Na programação do Correio Debate, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, abre os trabalhos com a palestra "Equilíbrio Tributário, arrecadação e desenvolvimento econômico: perspectiva brasileira e países de fronteira". Em seguida, falará a professora de Direito Civil e Comercial da Universidade de Brasília, Ana Frasão. Velloso será o próximo, com o tema: "O sistema tributário no contexto do desenvolvimento econômico do país."
O ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, fala depois, ladeado por Edson Vismona, do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). André Portugal, gerente sênior de planejamento estratégico da Souza Cruz, também participará da conversa, cujo encerramento estará a cargo do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).