O governo federal continua batendo o pé e negando as possibilidades de a votação da reforma da Previdência ficar para março. Em café da manhã com representantes da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) nesta terça-feira (6/2), o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, garantiu que não há ;plano B; e que a proposta será apreciada no plenário da Câmara dos Deputados ainda em fevereiro.
A tarefa, no entanto, é delicada. Marun admite que ainda faltam convencer entre 40 a 50 deputados indecisos na Câmara. ;Falta pouco tempo, mas falta pouco voto. Entre os indecisos, temos que convencer um a cada dois. É difícil? É. Mas não é impossível. E nós estamos imbuídos em busca da vitória. Não temos outro foco que não seja a busca incessante do que será uma vitória para o Brasil;, disse.
Para o responsável pela articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, não existe razões para que haja o adiamento. ;Ou efetivamente aprovamos e votamos em fevereiro, ou será uma oportunidade perdida, coisa que não penso que vai acontecer. Aproveitaremos a oportunidade e faremos o que é preciso e necessário;, disse.
As articulações políticas para aumentar o número de votos terão continuidade hoje. No Planalto, Marun se reunirá com nove deputados: Ronaldo Fonseca (PROS-DF), Felipe Bornier (PROS-RJ), Heuler Cruvinel (PSD-GO), Joaquim Passarinho (PSD-PA), Diego Andrade (PSD-MG), Jaime Martins Filho (PSD-MG), Alex Canziani (PTB-PR), Cabuçu Borges (PMDB-AP) e João Carlos Bacelar (PR-BA). Desses, ele espera conquistar o voto de oito, conforme afirmou na saída do café da manhã.