As contas do governo federal fecharam 2017 com um rombo de R$ 124,4 bilhões. Esse foi resultado da diferença entre a arrecadação e os gastos públicos e ele foi R$ 34,6 bilhões menor que a meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de um deficit primário de até R$ 159 bilhões, que foi alterada em setembro de 2017. O objetivo anterior era de um saldo negativo de R$ 139 bilhões.
Conforme dados do Tesouro Nacional divulgados nesta segunda-feira (29/01) o acumulado do ano passado foi 24,8% menor que o rombo de R$ 161,3 bilhões de 2016.
De acordo com o Tesouro, o resultado ficou melhor do que o previsto nos decretos de programação orçamentária devido ao aumento de R$ 4,6 bilhões na receita líquida acima do estimado e à redução de despesas em R$ 30 bilhões, dos quais R$ 16,9 bilhões foram referentes ao controle dos gastos do Executivo, sendo R$ 14,2 bilhões referentes aos cortes nos gastos discricionários.
Os dados de 2017 refletiram o aumento de 2,5% em relação ao ano anterior, em termos reais, da receita líquida total do governo central (que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), para R$ 1,154 trilhão. Enquanto isso, as despesas encolheram 1% na mesma base de comparação, para R$ 1,279 trilhão.
O peso da Previdência
Em 2017, o deficit previdenciário foi bem maior do o das contas públicas, somando R$ 182,4 bilhões valor 18,1% acima do registrado em 2016. Enquanto isso, as contas do Tesouro fecharam no azul em R$ 58,8 bilhões, revertendo o deficit de R$ 10,6 bilhões do ano anterior. O resultado do BC ficou negativo em R$ 761 milhões.