O investimento direto no país, recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 70,3 bilhões em 2017, informou nesta sexta-feira (26/1) o Banco Central (BC). O valor foi 10,1% abaixo do registrado em 2016, quando foram investidos no país US$ 78,2 bilhões.
O investimento, que chegou a US$ 74,7 bilhões em 2015, aumentou em 2016 e voltou a cair. A estimativa do BC era de que os investimentos diretos fechassem 2017 em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa é de US$ 80 bilhões.
Recuperar o investimento externo no Brasil foi uma das missões do presidente Michel Temer em Davos, na Suíça, onde participou do 48; Fórum Econômico Mundial. Pelo Twitter, em vídeo em que fez um balanço da viagem, o presidente disse ontem (25) que os investidores estrangeiros confiam nas medidas tomadas pelo Brasil.
Em 2017, as contas externas fecharam o ano com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões. O valor equivale a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB).
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país, devido à aplicação no setor produtivo.