O gerente sênior de vendas e marketing, Rodrigo Alonso, sabe que terá de ir atrás de outras montadoras e de novos modelos de veículos entre os atuais clientes. A companhia não dá detalhes sobre sua estratégia comercial, mas um caminho natural seria buscar novos contratos com as montadoras japonesas, como Honda e Nissan, além de aumentar o portfólio de produtos para a Toyota. Globalmente, a Sumitomo atende doze montadoras.
A explicação para essa estimativa tão otimista, segundo Alonso, vem do fato de a companhia, que também é dona da marca de pneus Falken (voltado ao segmento de alta performance), fornecer seus produtos para modelos que estão com boas taxas de crescimento. E quando a venda de carros como os novos Polo e Argo cresce, seus fornecedores, como a Dunlop, pegam carona e também faturam mais.
Paralelamente ao crescimento agressivo no segmento das montadoras e à busca por aumento de participação de mercado no Brasil e nos países da América Latina, a companhia está na reta final de um investimento de R$ 487 milhões, iniciado em 2016, para elevar a produção de pneus para automóveis (a capacidade diária, hoje de 15 mil unidades, aumentará a partir de setembro até chegar a 18 mil em março de 2019).
Caminhões
A empresa também quer ampliar as vendas para o segmento de caminhões, com a produção inicial de 500 unidades por dia a partir do segundo semestre do ano que vem. Atualmente, saem da fábrica paranaense apenas modelos para carros de passeio e SUVs ; a capacidade atual é de 15 mil unidades por dia e 5 milhões de unidades produzidas em 2017.O mercado brasileiro de caminhões foi um dos mais impactados pela queda da atividade econômica nos últimos anos. Alonso exemplifica: ;Empresas de frete que usavam dez caminhões hoje em dia deixam seis parados, sobre cavaletes, e usam os pneus nos outros quatro caminhões que estão rodando.;
Presidente da subsidiária brasileira, Shizuma Kubota acredita que, apesar de a operação local ter sentido os impactos de uma economia desacelerada, conseguiu ter um negócio bem-sucedido e que deverá ter resultados ainda melhores, segundo ele, com o consequente aumento de participação de mercado.
A receita líquida da empresa cresceu 4,3% no ano passado. ;Nós acreditamos no aumento do consumo brasileiro e esperamos crescer não só com novos negócios, mas tomando mercado da concorrência;, diz o executivo, mostrando animação. A Dunlop, segundo a própria empresa, tem 12,8% do mercado de pneus para carros e cerca de 6% do que é vendido para caminhões no Brasil.
*A repórter viajou a convite da Dunlop