As contas do setor público consolidado registraram déficit primário de R$ 909 milhões em novembro deste ano. O resultado decorre de um rombo de R$ 366 milhões no governo central e de R$ 787 milhões nas administrações regionais. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta (28/12) pelo Banco Central. Apesar do resultado negativo, é o melhor número para novembro desde 2013.
No acumulado do ano (até novembro), o déficit é de R$ 78,3 bilhões. Apesar de negativo, é melhor que as perdas de R$ 85,1 bilhões no mesmo período de 2016. Já no acumulado de 12 meses, o rombo é de R$ 149 bilhões.
O governo precisa fechar as contas com um déficit de R$ 159 bilhões. Segundo Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatística do Banco Central, os estados (incluindo municípios) e o governo central devem apresentar resultado melhor do que o previsto no final do ano.
Em novembro, o governo teve uma receita extraordinárias relacionada ao leilão de usinas hidrelétricas, que deu uma receita de R$ 12,1 bilhões. ;No ano passado (em novembro), por outro lado, teve uma despesa com pagamento de precatório que, em 2016, foi concentrada nos últimos meses do ano. Neste ano, esses pagamentos já ocorreram, em junho, julho, por isso o resultado foi muito mais leve que no ano passado;, apontou Baldini.
A dívida pública federal (excluindo o Banco Central) foi de R$ 3,37 trilhões, o que representa 51,7% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida líquida ficou em R$ 3,33 trilhões, registrando 51,1% do PIB.