Em café da manhã com jornalistas, Temer ressaltou ser bem vinda a injeção de capital estrangeiro, mas descartou a venda. "Queremos salvar o grande interesse para a injeção de capital estrangeiro. Será muito bem vindo e bem recebido. A dificuldade é transferir o controle para outra empresa", afirmou.
O peemedebista ressaltou que a Embraer representa muito bem o Brasil no exterior e o capital estrangeiro será bem vindo. "Mas não se examina a questão da transferência", destacou.
Privatização em 1994
Surgida como estatal em 1969, a Embraer foi privatizada em 1994, mas o Estado brasileiro preservou uma ;golden share;, que lhe permite intervir em questões estratégicas.
O grupo chegou a ser líder no segmento de aeronaves até 150 lugares. Entrega anualmente 200 aviões, entre jatos comerciais e executivos.
Possui, ainda, um setor de Defesa, com modelos como o A-29 Super Tucano para missões de ataque rápido e treinamento avançado e o KC-390 de transporte de tropas, que deve chegar ao mercado em 2018.
"A transferência do seu controle acionário desserve os interesses da soberania nacional", reforçou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que estava no encontro de Temer com a imprensa.
O Sindicato dos Metalúrgicos "repudiou" a eventual fusão.
"A Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro. Exigimos que o governo federal vete a venda e, enfim, reestatize a Embraer como forma de preservar e retomar este patrimônio nacional", indicou um comunicado do sindicato.
Com informações da France-Presse