No quadro geral, os juros do rotativo cartão de crédito para os consumidores caíram 65,1 ponto percentual de agosto para setembro e chegou a 332,4% ao ano, frente aos 397,5% ao ano anteriores. As taxas do cheque especial apresentaram alta no período, saindo de 317,3% ao ano para 321,3% ao ano. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta (27/10) pelo Banco Central.
O rotativo do cartão de crédito é dividido em duas modalidades: regular, que são aqueles que pagaram o valor mínimo da fatura, e o não regular, que não fizeram este pagamento. Segundo o relatório de operações de crédito do Banco Central, os juros ofertados ao não regular foi o que mais caiu de agosto a setembro, passando de 506,2% ao ano para 399,4% ao ano.
Apesar disso, do lado dos regulares, as taxas aumentaram. Subiram de 221,4% ao ano em agosto para 227,5% ao ano no ano passado, uma alta de 6,1 ponto percentual.
Mudanças no rotativo
A melhora no quadro geral dos juros do cartão de crédito está relacionado com a mudança nas regras do rotativo, que obrigam os consumidores a quitar ou parcelar a dívida um mês depois de não pagar a fatura completa do cartão. A mudança ocorreu em abril.
Desde o início do ano o recuo é de 120,3% ao ano para o não regular e de 238,1% ao ano para o regular. No quadro geral do rotativo -- que engloba as duas modalidades --, a retração foi de 165,3% ao ano.
Em contrapartida, os juros do parcelado -- modalidade de crédito alternativa do rotativo -- subiu 4,2 ponto percentual de agosto para setembro, alcançando 165,2% ao ano. No acumulado de janeiro a setembro, a alta registrada é de 11,4% ao ano.
O cheque especial aumentou em setembro para 321,3% ao ano, mas apresentou recuo em todas os outros comparativos. Recuou 7,3 pontos percentual durante o ano e 1,3 ponto percentual no último trimestre.
Inadimplência
A taxa de inadimplência nas operações de financiamento caiu 0,1 ponto percentual no mês de setembro, chegando a 3,6. Segundo o relatório do Banco Central, o índice de comprometimento da renda das famílias se manteve estável em 18,2%. Ao longo do ano, porém, houve uma melhora no orçamento familiar. Houve uma queda de 0,8 ponto percentual no comprometimento.