Numa forte defesa das mudanças nas regras da Previdência, o secretário destacou que não fazer a reforma agora não é o fim do mundo, mas quanto mais cedo o Congresso aprová-la melhor para o Brasil e as finanças públicas.
Segundo ele, os políticos são necessários para que as reformas sejam feitas. "Precisamos fazer as reformas e precisamos do Congresso. Precisamos de políticos", disse. Ele ressaltou que a solução para os problemas da economia brasileira não virá do debate técnico, mas sim político.
Para ele, não haverá ajuste fiscal no Brasil se não forem feitas as reformas, principalmente a da Previdência. Mansueto destacou que o governo tem feito um dever de casa, mas esbarra no tamanho elevado das despesas obrigatórias que hoje já são maiores do que toda a arrecadação.
Ele citou que se o governo parasse de fazer os investimentos e mandasse os funcionários para casa, mesmo assim, não haveria recursos suficientes. Mansueto ponderou, no entanto, que há grande espaço para melhorar o gasto público, mas que o País terá que enfrentar o debate da necessidade de redução das despesas obrigatórias.
"Hoje, o Brasil gasta com Previdência mais do que Japão. E daqui a 40 anos seremos o Japão (em termos de envelhecimento da população", ponderou. Segundo ele, o país que mais gasta com Previdência despende de 16% do PIB. Já o Brasil gasta 13% do PIB "Essa dinâmica e insustentável", afirmou.