Ele defendeu a aprovação da reforma sem Plano B. Ou seja, sem a redução do alcance das mudanças nas regras da Previdências no texto que tramita na Câmara. "Desejamos que seja aprovado o máximo possível", avaliou.
O ministro disse que o governo está disposto a enfrentar o debate, apesar da proximidade das eleições, e tem conversado com os líderes no Congresso. "A Previdência está consumindo todo o Orçamento. Quanto antes fizermos, mais suave será fazer antes", avaliou. Na sua avaliação, deixar a aprovação da reforma para depois levará à explosão da "barragem".
"Não terá mais jeito. Será a reforma dura de verdade", disse o ministro. Ele reconheceu que o espaço político é pequeno para a aprovação. "Em muitos lugares a preocupação sobre eleição é elevada. Mas o governo não tem pretensão de reeleição", afirmou
Segundo ele, a agenda continuará concentrada em fazer a reforma que o País precisa. "Não existe crescimento sem equilíbrio econômico. Um Estado quebrado não é ambiente para o crescimento econômico", avaliou. Oliveira acrescentou ainda que não tem economia em governos de direita ou esquerda que deu certo com contas quebradas.
Rio
O ministro do TCU José Múcio Monteiro destacou que poderá acontecer no Brasil o que ocorreu no Rio de Janeiro e que não vê nenhum senador ou político preocupado problema fiscal do País. "Poderemos ter 27 rocinhas. Cada uma com o seu sotaque", disse Múcio numa referência aos problemas de segurança enfrentados numa das maiores comunidades da América Latina.
Para o ministro, os políticos estão só preocupados em serem reeleitos nas próximas eleições. Repetindo avaliação do ex-ministro Delfin Netto, Múcio disse que as reformas serão "compulsórias" devido à difícil situação fiscal do País.