Conforme apurou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo avalia mudar comando do BNDES como uma forma de tentar agradar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Oliveira disse "não saber se é verdade" que Maia pressiona pela demissão de Rabello. "A única coisa que posso afirmar com certeza é que Rabello não está sendo demitindo", disse.
Amigo de Temer, Rabello assumiu o BNDES em junho, após a saída de Maria Silvia Bastos Marques. À época, Maia tentou emplacar Luciano Snel, da Icatu Seguros, e ficou contrariado por não ter sido consultado sobre a escolha.
Segundo auxiliares de Temer, a mudança no BNDES poderia ser feita após a votação da denúncia, prevista para o fim deste mês no plenário da Câmara. Caso não haja acordo sobre o nome, a troca poderia ser feita no início de 2018.
Dyogo Oliveira, por sua vez, disse estar satisfeito com o trabalho do economista à frente do banco de fomento. "Estamos muito satisfeitos, temos tido trabalho colaborativo com BNDES, as discussões que temos tido resultaram em ações muito positivas, com lançamento de linhas (de crédito) que fizemos lá atrás, (a discussão para) auxiliar o Tesouro no cumprimento regra de ouro", afirmou Oliveira.
Mesmo as críticas disparadas no início da gestão do presidente do BNDES às políticas de governo, como a criação da nova Taxa de Longo Prazo (TLP), que baliza os empréstimos da instituição, foram superadas. "Isso está superado, na medida em que foi inclusive formalizada uma nota conjunta", disse.
O ministro ainda aproveitou para defender a medida. Segundo ele, a TLP é a saída para que o banco continue cumprindo seu papel. "Está claro, em decisão recente do TCU, que o Tesouro não pode ficar aportando dinheiro no BNDES, nem tem condições", afirmou. "Portanto, solução é fazer o que se faz no mundo inteiro, que é estruturar projetos, desenvolver projetos e à medida que eles estejam performados vende para o mercado", explicou.