Jornal Correio Braziliense

Economia

FMI espera crescimento mundial maior neste ano e em 2018

Segundo Christine Lagarde, 75% do mundo estão registrando elevação do nível de atividade

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que a instituição multilateral espera um crescimento mundial maior neste ano e em 2018, quando deverá avançar 3,6% e 3,7%, respectivamente. Segundo ela, 75% do mundo estão registrando elevação do nível de atividade. "Mas a retomada da economia mundial não está completa", destacou Lagarde. Ela apontou que 47 países registraram queda de Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.

"Defendemos como primeira prioridade assegurar a recuperação da economia mundial", apontou Lagarde. "Não é tempo para ser complacente e é preciso adotar políticas para crescimento sustentável". Para ela, na área fiscal, os países devem investir mais em projetos de infraestrutura, educação e atuar para reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres, o que classificou como principal para diminuir a desigualdade social.

Lagarde ressaltou que a política monetária também é importante instrumento para governos viabilizarem a retomada da demanda agregada de seus países. Na sua avaliação, tem importância especial o combate à corrupção e aquecimento global.

Na área financeira, ela defendeu a consolidação de regulações pelos países a fim de evitar situações negativas nos mercados internacionais. "Há potencial de riscos de apertos em mercados financeiros e que podem gerar fuga de capitais", apontou.

Christine Lagarde enfatizou que é necessário o avanço dos negócios de mercadorias e serviços entre nações para colaborar no crescimento internacional. "Precisamos assegurar expansão de comércio mundial para ajudar economia global", disse. "Acordos comerciais devem sempre ter mudanças para facilitar o comércio de países."

A diretora-gerente do FMI ressaltou também que "controles de riscos financeiros na China serão bem vindos" e "espera que o Brexit seja concluído com rapidez para reduzir incertezas." Ela fez os comentários em entrevista coletiva durante a reunião anual do FMI.