[SAIBAMAIS]Na terça-feira (3/10), por exemplo, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Rabello de Castro disse que a situação do banco é confortável, "mas não para a União Federal dizer que vai sacar quantidade que, em termos de magnitude, de bilhões, é completamente incompatível com a combinação feita". Para Rabello, a incompatibilidade entre o combinado com o BNDES e o que está sendo pedido agora pela União - devolução de R$ 180 bilhões ao caixa do Tesouro - reside no fato de que o banco de fomento recebeu títulos com prazos de 2051 e 2025.
Meirelles evitou o embate público. "Evidentemente que os dirigentes de cada órgão público têm seu interesse legítimo de defender o máximo possível de recursos para aquela instituição", disse Meirelles. Por outro lado, disse o ministro, "nós temos que olhar o interesse público do País em um momento em que temos uma situação fiscal que de fato tem desafios importantes".
"Estamos falando de reforma da Previdência com o sacrifício de todos, mas não podemos ignorar recursos que estão em determinadas instituições e que não têm o uso previsto para este ano e o próximo", disse Meirelles, para quem o governo tem que trabalhar com prioridades. De acordo com o ministro, é legítimo que haja o debate e ele disse ainda que gosta de ver cada responsável por um setor defender o seu setor. "Mas o nosso papel é olhar o País como um todo", disse.
Meirelles fez palestra nesta quinta-feira no 38; Congresso da Associação Brasileira de Previdência das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).