O advogado Rafael Klier explicou que sempre houve suspeita da prática no Distrito Federal e lembrou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e o Ministério Público já aplicaram sanções a diversos estabelecimentos. ;Essas investigações, feitas há cerca de dois anos, coibiram a prática à época, mas os estudos de economistas levam a crer que há uma nova configuração, apesar de não haver nenhum processo no Ministério Público;, diz.
Segundo Klier, os donos de postos aproveitaram o aumento da tributação para combinarem preços. Quando houve a elevação da alíquota do PIS-Cofins sobre os combustíveis, alguns postos vendiam o litro da gasolina por R$ 2,96. Dias depois, todos os estabelecimentos subiram os preços para o patamar de R$ 3,80, muito acima dos R$ 0,40 do reajuste previsto.
Esse movimento de altas e baixas quase que sincronizadas já foi percebido pelos consumidores. Jalles Levi de Oliveira, motorista do aplicativo Uber, afirmou não ver diferenças significantes entre os postos. ;Como trabalho com transporte, fico sempre de olho em promoções, enfrento filas gigantescas para poder economizar, só que ultimamente não vejo diferença entre os postos. Os aumentos pegam a gente de surpresa;, lamentou.