[SAIBAMAIS]Atualmente, o acionamento das bandeiras amarela e vermelha é determinado pelo CMO, um valor calculado para estabelecer o custo ótimo de operação do sistema e que também serve de parâmetro para estabelecer quais térmicas serão acionadas.
Ele comentou que o acionamento da bandeira amarela - e não vermelha - em setembro, mesmo em meio a um cenário de hidrologia ruim e baixo nível de reservatórios, acendeu o sinal de alerta. "A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não ficou satisfeita com isso e deve avaliar", comentou.
Para Barata, o sistema de bandeiras tarifárias deveria ser melhor aproveitado como veículo de conscientização do consumidor do custo da energia. "As pessoas não têm hoje conhecimento, precisa fazer uma campanha para que o consumidor olhe e entenda a necessidade de fazer um uso da energia de forma mais eficiente, que a bandeira vermelha não significa que vai faltar energia, mas que vai estar mais cara", disse. Em meio ao cenário de escassez hídrica, o governo anunciou na terça-feira, 19, que vai avaliar uma campanha de estímulo à economia de energia, questão que segundo Barata deve ser encaminhada pela Aneel.
O diretor do ONS também comentou que há uma "forte possibilidade" de acionamento da bandeira vermelha no mês que vem. "Deve ser bandeira vermelha (em outubro), no nível 1 ou 2", disse. A declaração se segue a uma avaliação similar feita pelo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. A maioria dos consultores ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, projeta uma bandeira tarifária nível 2 em outubro, o que significa a cobrança adicional de R$ 3,5 a cada 100 quilowatt-hora (KWh). A bandeira tarifária de outubro deve ser anunciada pela Aneel em 30 de setembro.