O mercado financeiro prevê um rombo maior nas contas públicas brasileiras, mas acredita que o governo federal deve conseguir atingir a meta fiscal de R$ 159 bilhões. Os economistas subiram as expectativas de deficit primário de R$ 154,8 bilhões para R$ 159 bilhões. Os números fazem parte do levantamento da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
[SAIBAMAIS]No último resultado primário, relativo ao mês de julho e divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, o rombo no acumulado de 12 meses era de R$ 183,7 bilhões. O governo ainda precisa reverter R$ 28 bilhões para cumprir a meta fiscal. Para o ano que vem, o deficit subiu de R$ 130,5 bilhões para R$ 156 bilhões.
O governo federal ampliou o rombo fiscal de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. O prejuízo esperado para 2018 também é de R$ 159 bilhões, frente aos R$ 129 bilhões da meta anterior. O deficit primário consiste na receita e nas despesas, excluindo os juros da dívida.
Segundo especialistas, a baixa atividade econômica dificulta a recuperação das finanças públicas. Para controlar os gastos, o governo aprovou a PEC do teto dos gastos, que limita as despesas no serviço público em 20 anos. Para a equipe econômica, a principal medida para melhorar as contas é mudar as regras da Previdência Social, que consome a maior parte do orçamento.
Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, disseram que a reforma previdenciária deve ser votada em outubro. O texto foi aprovado pela comissão especial da Câmara dos Deputados, mas ainda precisa passar pelo plenário da Casa. São necessários 308 votos e dois turnos para a aprovação.