O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (4/9), que o governo federal tem que correr para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano, mesmo que desidratada em relação à proposta original. "É melhor do que não fazer", disse o tucano, ao participar de evento da revista Exame, na capital paulista.
Alckmin defendeu também que o Congresso aprove ainda neste mês a reforma política, destacando que as prioridades têm de ser a criação de uma cláusula de desempenho, o fim das coligações proporcionais e o fim das tomadas externas em campanhas para a televisão. No entanto, ele considera que a cláusula de desempenho que está em discussão é "fraquinha". Na sua avaliação, a votação mínima exigida deveria ser maior que 1,5% dos votos válidos e envolver mais Estados.
Em relação aos pontos mais prováveis na sua avaliação, o governador disse que está confiante na aprovação do fim das tomadas externas, que ele chamou de "marketagem". Ele acredita, no entanto, que o voto distrital misto não passa.
Ao comentar a disputa eleitoral de 2018, o governador afirmou que o sistema presidencialista acaba resultando em campanhas de baixo nível do ponto de vista das propostas. "É um embate de personalidades", disse. "Não tem eleição fácil", afirmou também
No início da sua participação no evento, Alckmin falou sobre o Estado de São Paulo e se orgulhou de as contas estarem em dia e não haver déficit fiscal. Comemorou também que mais de 80% das vagas de emprego criadas no Brasil no acumulado de janeiro a julho estão concentradas no Estado.