O próprio indicador no mês veio abaixo da mediana das expectativas do mercado, de 0,40%. A surpresa veio por conta do grupo de alimentação e bebidas, que registrou deflação -- ou seja, um recuo médio de preços -- na ordem de 0,65%. Tal efeito foi provocado por reduções disseminadas de custos com alimentos, puxado, sobretudo, pela queda de despesas com feijão carioca (-13,89%), da batata inglesa (-13,06%), e do leite longa vida (-3,86%).
A alta da prévia, no entanto, aponta o que o mercado já previa: um custo de vida pressionado pelo aumento dos combustíveis, que subiram, em média, 5,96%. Somente essa subcategoria de despesas representou uma contribuição individual no IPCA-15 de 0,28 ponto percentual. A grosso modo, significa que, caso a variação dos custos com combustíveis tivesse estagnado, o índice teria registrado variação de apenas 0,07 ponto percentual.