O adiamento está sendo discutido para a elaboração da Proposta de Lei Orçamentária Anual do ano que vem, cujo texto precisa ser enviado e aprovado no Congresso Nacional até 31 de agosto. ;O impacto de todos os reajustes para 2018 é de aproximadamente R$ 8 bilhões. Então, o efeito dependerá do tempo de adiamento, de quantos meses serão adiados, mas nós estamos na fase de avaliação de cenários;, destacou Dyogo Oliveira. ;Ainda não há nenhuma decisão a respeito disso;, frisou. A média dos reajustes acordados entre os funcionários públicos e o governo federal foi de 5,5% por ano até 2019.
Entidades representativas de servidores federais começam a traçar estratégias para evitar o adiamento dos reajustes. As ações previstas vão desde recurso à Justiça até a paralisação das atividades caso a proposta seja levada a cabo.
A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), por exemplo, informou que entrará com ação judicial para impedir a postergação, caso a medida seja de fato anunciada. O presidente da entidade, Antônio Tuccilio, disse que o governo não foi transparente durante as negociações dos aumentos, no ano passado, uma vez que não alertou sobre a situação delicada das contas públicas. ;Falta gestão. O governo tinha de ter colocado o problema na mesa;, disse. ;Uma vez decidido, o aumento tem de ser cumprido.;
O adiamento das correções salariais havia sido admitido na quarta-feira pela secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, como uma medida para ajustar as contas federais, que vão de mal a pior. No primeiro semestre deste ano, o saldo negativo entre receitas e despesas alcançou R$ 56,1 bilhões.
Governo quer limitar auxílios