O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (13/7), a aplicação de R$ 1,7 bilhão em serviços de atenção básica, média e alta complexidade do País. De acordo com a pasta, esses recursos são fruto de economia obtida com a renegociação de contratos para a compra de medicamentos e vacinas. A verba será usada para o custeio de 12.138 agentes comunitários, 3 mil novas equipes da Saúde da Família e outros 2 299 equipes de Saúde Bucal. Do total, R$ 1 bilhão será usado para a compra de ambulâncias do SAMU. Os veículos vão substituir a frota com mais de 5 anos de uso e para a ampliação de oferta.
A divulgação foi feita pelo ministro numa cerimônia, no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer, moldada para tentar fazer o balanço positivo da gestão. Além da realocação de recursos para a compra de ambulâncias e serviços de saúde, Barros esforçou-se em mostrar pontos positivos da pasta: o compromisso para redução de obesidade, o protocolo para parto, a decisão de se estender a vacina de gripe para população em geral no caso de grupos prioritários não comparecerem à campanha no período correto. "Não perderemos mais a vacina no estoque", disse.
Ao falar sobre a renegociação de preços de medicamentos e sobre a decisão de adotar medicamentos para tratamento de câncer infantil. "Não aceitamos lobby de laboratório", afirmou. "Não vamos entrar nessa roda", completou. Barros também destacou a estratégia de se permitir o aumento do preço de medicamentos considerados pouco atrativos, além do que é geralmente permitido pela Câmara de Medicamentos (Cemed). Tal política foi adotada, por exemplo, para antibióticos indicados para o tratamento de sífilis e sífilis congênita, que estavam em falta em vários pontos do País.