De relatoria do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), o texto prevê mais de 100 mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apesar de a matéria ter recebido mais de 200 emendas na CCJ, Jucá não propôs nenhuma alteração em relação ao que foi enviado pela Câmara dos Deputados.
A CCJ foi a terceira e última comissão a analisar a reforma. Relator das duas anteriores, de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sugeriu que o presidente Michel Temer vete ou regulamente por medida provisória pelo menos seis pontos da reforma.
Vetos e MP
Em carta lida por Jucá na tarde desta quarta-feira, ao longo das discussões na comissão, Temer se comprometeu a mudar os pontos de descontentamento, caso o Senado aprovasse a matéria. Jucá apresentou um documento explicitando em quais questões haverá recuo.
A oposição, no entanto, não se convenceu. "Temer se comprometeu a vetar pontos da lei da terceirização, mas voltou atrás e não mexeu em nada. Como levar a sério qualquer acordo?", questionou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).