O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reconheceu que o quadro fiscal piorou nos últimos cinco anos, principalmente, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. ;Os números falam por si. Nos últimos cinco anos, houve uma deterioração não no quadro fiscal. Não há como negar que isso aconteceu;, disse Oliveira, nesta terça-feira (27/06), ao ser questionado pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) sobre a avaliação do governo anterior, do qual ele fez parte e até foi vice-ministro da Fazenda da ex-presidente Dilma.
Oliveira participa de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Em sua resposta ele citou a evolução da dívida pública bruta, que passou de 51,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2014, para 77% do PIB, neste ano, como reflexo da piora nas contas públicas no governo anterior. ;O que podemos observar é que houve deterioração fiscal que foi acompanhada com o aumento das despesas com juros;, disse ele, comparando a situação das contas públicas ao quadro de um doente enfermo. ;A despesa com juros é a despesa com a saúde. Portanto, a saúde fiscal é fundamental e nunca defendemos nada diferente disso;, afirmou. ;Nossa convicção é que o crescimento do país virá com ações necessárias para equilibrar o caixa do governo. Não podemos gastar só no cheque especial e isso é o que está acontecendo;, afirmou Oliveira.
O ministro contou que a senadora sempre faz essa pergunta para ele quando ele está no Congresso Nacional. ;Ainda bem que ficou para ouvir a resposta. Eu digo sempre que sou servidor público de carreira. Não tenho outra opção a não ser participar do governo e espero continuar nos próximos porque não tenho outra opção profissional Estarei sempre à disposição;, completou.