O segmento de educação é uma boa oportunidade para quem precisa de um emprego. De acordo com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), há 11.074 vagas abertas em instituições de ensino superior, em escolas para adolescentes e crianças, no ensino a distância e em cursos de idiomas. No Distrito Federal, são mais 250 postos espalhados pelas regiões administrativas.
[SAIBAMAIS]Por conta do calendário escolar, as contratações ocorrem, geralmente, no começo dos semestres letivos, em julho e janeiro. Mas, mesmo quando não há vagas abertas, é possível cadastrar currículos nos bancos de dados de alguns sites, como no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). ;Desde o começo do ano, admitimos 160 funcionários. Temos uma média de 50 novos contratos de docentes por semestre e 30 administrativos por mês. Para atender nossa demanda, o banco conta com mais de 15 mil currículos cadastrados;, contou a gerente de Desenvolvimento de Pessoas do UniCEUB, Paula de Souza Avila.
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O cenário de desemprego, que assusta muitos brasileiros, cria mais um obstáculo na busca de uma nova vaga: a elevada concorrência. Paula explicou que há muitos candidatos até mesmo quando apenas uma vaga é disponibilizada. ;Profissionais que têm um nível de formação maior aceitam atividades operacionais, talvez pela dificuldade de recolocação no mercado;, disse.
;A procura aumentou. Chegamos a receber 6 mil currículos para uma vaga;, confirmou o gestor de Recursos Humanos da Estácio, Thiago Silva. ;Isso é bom para a instituição, pois temos opções na hora de selecionar;, disse. De acordo com Silva, qualificação é o principal requisito. ;Prezamos os profissionais que querem ampliar os conhecimentos e os incentivamos a estudar por meio de bolsas de estudos. Muitos colaboradores concluíram o ensino superior conosco;, afirmou.
Os gestores explicaram que os processos seletivos para professores são mais criteriosos e feitos por editais. Para as outras funções, eles ressaltam a importância de preparação antes da entrevista e franqueza sobre as habilidades, a necessidade de conhecer a instituição e requisitos da função para a qual está se candidatando. ;O processo seletivo não é perguntas e respostas. O profissional pode questionar, olhar no olho de quem está recrutando, isso mostra interesse e, também, que a pessoa não se importa só com o salário;, aconselhou Paula.
Chance única
Em outubro do ano passado, a contadora Débora Cruz Santos, 43 anos, aceitou a vaga provisória no departamento financeiro de uma escola para cobrir a licença-maternidade de uma funcionária. Débora foi efetivada na instituição após o período determinado no contrato provisório. Hoje, é assistente de Recursos Humanos do Colégio Galois. ;Eu não permaneci no mesmo setor. Aprendo muito. Sempre fui confiante. Na seleção, vi que meus concorrentes não tinham muita expectativa por ser uma vaga provisória;, contou.
A história de Débora não é exceção, segundo a gerente de Recursos Humanos do Colégio Galois, em Brasília, Kelly Rocha. Nos próximos meses, a escola abrirá vagas provisórias para auxiliares de matrícula. ;Se o funcionário é bom e investimos em capacitação, não queremos perdê-lo. Todos que se destacam têm chances de ser contratados;, ressaltou.
Kelly também afirmou que há chances para profissionais que ainda não concluíram a graduação. ;Temos estágios em várias áreas de licenciatura. Muitos têm o primeiro contato com a sala de aula e a rotina de professor aqui;, apontou.
* Estagiária sob supervisão de Simone Kafruni.