Na comparação com abril de 2016, o Monitor apontou queda de 1,3% no PIB. Segundo a FGV, foram registradas taxas negativas em todas as atividades, à exceção de agropecuária (%2b11,5%), extrativa mineral ( 4,4%) e comércio ( 1,4%).
Na taxa trimestral móvel, o PIB de fevereiro a abril teve alta de 0,87% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior e queda de 0,8% em relação a igual trimestre móvel de 2016. No primeiro trimestre de 2017, a queda ante os três primeiros meses de 2016 havia sido de 0,4%.
"Nesta comparação, o PIB teve sua trajetória de melhora revertida, já que vinha apresentando recuperação contínua desde novembro de 2016 quando esta taxa apresentou um recuo de 2,9%", diz a nota divulgada nesta quarta-feira, 21, pela FGV.
Pela ótica da demanda, o Monitor do PIB apontou queda de 1,9% no trimestre móvel findo em abril na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Segundo a FGV, embora registre a terceira queda consecutiva, o consumo das famílias está passando por mudança na composição.
"Os produtos semiduráveis apresentam crescimento desde o trimestre findo em março, enquanto os serviços, assim como o consumo dos produtos não duráveis têm ampliado a contribuição negativa no total do consumo das famílias", diz a nota da FGV.
Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos na economia) apresentou retração de 4,6% no trimestre móvel findo em abril em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, estimou o Monitor. "O componente que vinha em tendência ascendente, muito influenciado por máquinas e equipamentos, voltou a retroceder devido ao aumento da contribuição negativa do componente da construção", diz a FGV.
Ainda pela ótica da oferta, a exportação apresentou crescimento de 1,4% no trimestre móvel findo em abril em comparação a igual período de 2016, conforme o Monitor. Já a importação cresceu 4,5% no trimestre de fevereiro a abril, na comparação com igual período do ano anterior.
"Apesar de positiva, esta taxa é menor que as demais observadas nos primeiros meses de 2017. (...) O componente de bens intermediários ainda apresenta contribuição positiva para o total da importação, mas em magnitude significativamente menor do que as dos primeiros meses do corrente ano", diz a FGV.
Segundo o Monitor do PIB, no trimestre findo em março, a contribuição de bens intermediários para o total das importações foi de 11,3 pontos porcentuais (p.p.), enquanto que, no trimestre findo em abril, caiu para 6,7 p.p.