Mesmo não interrompendo a tramitação da reforma trabalhista no Senado, a oposição comemorou como uma vitória a rejeição do texto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi rejeitado por 10 votos a 9 Já a base governista está agindo para afirmar que "nada muda" na tramitação do texto e que a proposta ainda vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Casa
A página do PT no Senado comemorou o resultado na CAS e disse que a rejeição é uma derrota para o governo do presidente Michel Temer (PMDB). "Vitória!!! Oposição derrota governo Temer na votação da reforma trabalhista", diz uma publicação da página.
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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou o resultado e escreveu no Twitter que "a luta dos trabalhadores e do povo continua". O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o presidente Temer "perdeu sua base" com o resultado. Na mesma linha publicou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). "Derrota de Temer no Senado decreta fim do governo", declarou.
[SAIBAMAIS]Paulo Paim (PT-RS), que teve o voto em separado aprovado na Comissão, gravou um vídeo para as redes sociais e chorou ao falar do resultado. "Quando a vitória é ganha na prorrogação tem mais emoção", disse. Ele afirmou que a rejeição ao texto de Ferraço foi "uma vitória do povo brasileiro. "Eles iriam tirar todos os direitos de vocês, era um crime contra nossa gente." O senador ainda emendou a confiança na queda do presidente Temer. "Agora com esse governo caindo, dá para a gente caminhar para botar esse país nos trilhos."
Já base governista relativizou a rejeição e lembrou que o texto segue amanhã para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ainda para o plenário. "Mesmo com a derrota de hoje na CAS, a tramitação da reforma trabalhista não muda. A matéria segue para CCJ amanhã, quando irei ler meu relatório pela constitucionalidade do projeto", escreveu no Twitter o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
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A página oficial do PMDB na rede social publicou um texto afirmando que o resultado não interfere na tramitação da proposta. "Mesmo rejeitada por 10 a 9 na CAS, tramitação da reforma trabalhista continua normalmente na CCJ e depois no plenário do Senado. Não muda nada", diz a publicação.