Surpreso com o placar, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), confessou que esperava aprovação por 11 a 9. Os votos que viraram o jogo foram dos senadores Hélio José (PMDB-DF) e Eduardo Amorim (PSDB-SE), que, apesar de serem da base aliada, disseram não à reforma. Também prejudicou o governo a ausência do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que foi substituído pelo suplente, Otto Alencar (PSD-BA), que já havia se posicionado contra a proposta na comissão anterior, de Assuntos Econômicos (CAE), e reforçou a rejeição na CAS. Em resumo, o governo perdeu três votos.
O fato de ter sido rejeitada na CAS não influencia na tramitação da reforma, reforçou Jucá. Agora, o texto segue para a terceira e última comissão, de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), cujo relator é Jucá, que fez questão de enfatizar que a palavra final é do plenário.
O calendário, segundo o senador, não muda: o governo ainda espera que a matéria chegue até 28 de junho no plenário. "O jogo está um a um. Os três relatórios (CAS, CAE e CCJ) irão para o plenário e será votado aquele que entenderem que tem prioridade. Não muda nada no calendário", disse Jucá. "Nós vamos fazer a reforma que o Brasil precisa."