Após quatro horas, o senador Paulo Paim (PT-RS) encerrou a leitura de seu voto em separado sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no Senado. O relatório de Paim tinha 46 páginas e todas foram lidas no plenário da Comissão. Imediatamente após Paim, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) iniciou a leitura do voto, que tem 29 páginas.
Além dos dois senadores, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA) também apresentarão voto em separado aos membros da CAS ainda nesta terça-feira (13/6). O documento da senadora amazonense tem 45 páginas e o da parlamentar baiana, 29 páginas. Paim, Randolfe, Vanessa e Lídice pedem rejeição integral do projeto aprovado na Câmara.
O voto em separado funciona, na prática, como a apresentação de um parecer alternativo que pode ou não ser apreciado pelos demais senadores. Paulo Paim e Vanessa Grazziotin usaram o mesmo procedimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e os pareceres acabaram sendo ignorados pelos demais membros, já que sequer foram votados. O expediente é entendido pelos senadores governistas como uma estratégia de protelar o avanço do projeto na sessão sem ferir o regimento da Casa.
O relatório oficial produzido pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), já lido mais cedo na Comissão, pede aprovação integral do texto vindo da Câmara com alguns vetos presidenciais.