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Economia

Número de endividados no DF cai mais que no restante do país

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do DF, os brasilienses priorizam as dívidas quando recebem dinheiro extra

O número de endividados no Distrito Federal vem caindo mais rápido que a média nacional, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A inadimplência registrou recuo de 4,27% em maio em comparação com o mesmo mês de 2016. O restante do país teve uma queda de 4,84% no número de pessoas com contas atrasadas. Os dados foram divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL/DF).
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Segundo José Carlos Magalhães Pinto, presidente da CDL/DF, os resultados está relacionado a uma melhor educação financeira dos brasilienses e o pagamento em dia do governo do DF aos servidores, tanto do salário, quanto do 13;. Além disso, a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aliviou o orçamento de muitas famílias.
"A entrada do FGTS foi importante para a quitação da dívida no DF. É um ponto para comemorar, porque o número de endividados caiu significativamente", declara o presidente da entidade. Segundo ele, os brasilienses priorizam as dívidas quando recebem dinheiro extra. A inadimplência na capital também retraiu no acumulado de maio do ano passado ao mesmo mês de 2017. A média nacional no mesmo período é de leve diminuição de 0,5%.
[SAIBAMAIS] Apesar disso, o número de devedores aumentou 2% em relação a abril. Os mais velhos foram os que mais se complicaram financeiramente na passagem dos meses. A faixa etária de 85 a 94 anos teve uma alta de 8,96% de inadimplência. José Pinto atribuiu a alta aos pagamentos que os avós fazem para "socorrer" os filhos e netos do desemprego e das dívidas.
"Os avós se comprometem com algumas contas dos filhos e, num determinado momento, não têm condições de arcar com os custos. Uma hora a inadimplência cresce. E isso só acaba no momento em que retomar a criação de empregos", destaca o especialista.
O grande responsável pelo aumento de dívidas foi o setor de água e luz, que teve alta mais expressiva (28,68%). "Isso mostra que qualquer aumento desses serviços gera novos endividamentos. A população não consegue mais pagar. O caixa está contado para fechar no limite. Qualquer despesa extra é difícil de entrar", diz.
* Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli