Jornal Correio Braziliense

Economia

Taxas futuras recuam com dólar, reforma trabalhista e otimismo sobre TSE

No câmbio, o dólar à vista caía 0,31%, aos R$ 3,2662

Os juros futuros recuam desde a abertura da sessão desta quarta-feira, 7, precificando alivio com a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na terça à noite e percepção de que o presidente Michel Temer poderá ser absolvido, sem perda de mandato, no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral da ação contra a chapa Dilma-Temer, segundo operadores de renda fixa. A virada do dólar para o lado negativo, após abertura em alta, também favorece juros menores.

Às 9h33, o DI para janeiro de 2018 exibia 9,275%, de 9,315% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2019 marcava 9,32%, de 9,39% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2021 estava em 10,39%, de 10,45% no ajuste de terça.

[SAIBAMAIS]No câmbio, o dólar à vista caía 0,31%, aos R$ 3,2662. Na máxima, após a abertura, subiu aos R$ 3,2822 (%2b0,17%). O dólar futuro para julho recuava 0,39%, aos R$ 3,2840, ante máxima aos R$ 3,3030 ( 0,18%) registrada após a abertura da sessão.

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,51% em maio, após o recuo de 1,24% em abril, dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam de -0,79% a -0,40%, com mediana de -0,59%, de acordo com as 32 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 1,63% no ano e avanço de 1,07% em 12 meses.

Sobre a reforma trabalhista, o projeto, amplamente apoiado por entidades empresariais, prevê que acordos coletivos tenham força de lei. Também acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical e permite a flexibilização de contratos de trabalho. O relatório será lido e discutido na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na quinta-feira.

A reforma ainda precisará ser discutida também na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) antes de seguir para o Plenário. O relator da reforma trabalhista, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), calcula que o projeto seja votado em plenário entre 20 e 23 de junho.