O Ministério da Fazenda divulgou nota nesta sexta-feira, 19, afirmando que a decisão da agência de classificação de risco Fitch em manter a nota de crédito do País reforça a importância das iniciativas do governo que visam a recuperação da economia brasileira e a construção das bases para o crescimento sustentado.
"O Ministério da Fazenda reafirma seu compromisso com a busca da consolidação fiscal do país e a sustentabilidade da dívida pública", afirmou a pasta.
A agência manteve em BB os ratings de longo prazo do Brasil, em moedas estrangeira e local. Já os ratings de curto prazo em moedas estrangeira e local foram reafirmados em B. O teto do País, por sua vez, continua sendo BB%2b. Além disso, a Fitch manteve a perspectiva negativa dos ratings, devido a contínuas incertezas sobre a recuperação econômica do Brasil e sobre o progresso da agenda legislativa.
[SAIBAMAIS]Apesar de reafirmar nesta sexta o rating do Brasil, a Fitch considerou que a nota de crédito é pressionada pela fraqueza estrutural de suas finanças públicas e limitada pelos recorrentes episódios de instabilidade política, que têm consequência negativa para a economia do País. Em comunicado, a agência apontou que os recentes eventos políticos relacionados ao presidente Michel Temer podem prejudicar a confiança na recuperação econômica do Brasil.
Já a Fazenda destacou que o relatório da Fitch menciona "a importância e o desafio da aprovação das reformas em curso, as quais ajudarão na reversão do cenário fiscal, contribuindo para uma trajetória benigna de endividamento público".
O ministério alegou ainda que a Fitch reconhece que a diversidade da economia brasileira, o volume expressivo de reservas internacionais e a capacidade do mercado doméstico de dívida pública de financiar os déficits fiscais nos últimos anos constituem pontos fortes do país. De acordo com Fazenda, a agência também destaca a importância das reformas implementadas, como o Teto de Gastos e a Reforma da Previdência, fatores fundamentais para consolidação fiscal do País.
Moody;s
Outra agência de classificação, a Moody;s, também avaliou nesta sexta que as alegações envolvendo o presidente Michel Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, prejudicam a perspectiva de crédito do Brasil, "ameaçando paralisar ou reverter o positivo momento político e econômico observado recentemente".
Para a agência, no entanto, "ainda é muito cedo" para avaliar os desdobramentos das recentes revelações. "Nossa visão sobre o que pode ameaçar a perspectiva estável do rating Ba2 do Brasil continua sendo aquela refletida em nossa avaliação feita em março: um ressurgimento da desarticulação política e, ainda, a interrupção do momento favorável às reformas que ameace sua implementação e o cumprimento do teto dos gastos públicos".
O Ministério da Fazenda ainda não comentou o relatório da Moody;s.