O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, descartou nesta quarta-feira (17/5) que haja risco de racionamento, mas reconheceu que o consumidor deve permanecer pagando mais caro pela energia elétrica, devido ao acionamento de usinas térmicas.
"Não temos risco de desabastecimento, mas o de ficar com uma conta muito alta é grande", alertou Barata.
A expectativa é que a cobrança extra em vigor atualmente pelo acionamento da bandeira vermelha sobre as contas de luz - que prevê a cobrança adicional de R$ 3,00 a cada 100 kwh consumidos - permaneça pelo menos até o fim do período seco. A partir de novembro, quando tem início o período úmido, pode haver uma melhora, contou Barata.
"As nossas avaliações são que ao longo do período de seca o preço vai subir, até porque vamos necessitar cada vez mais das nossas usinas térmicas", justificou ele, após participar do 14; Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio.
Barata lembra que parte do custo maior da produção de energia é repassada imediatamente ao consumidor através do mecanismo das bandeiras tarifárias, mas parte pode ficar oculta e ser transmitida apenas na época da revisão tarifária, no ano seguinte.
"Não sou contra, ao contrário, tenho admiração pelas térmicas. Se o lado benéfico delas é por serem presumíveis, gerenciáveis, o fato de termos controle sobre o combustível, por outro lado há o custo. Vamos ao longo do período seco precisar das térmicas", completou.