Jornal Correio Braziliense

Economia

Inflação sobe 4,08% em 12 meses em abril e atinge o centro da meta

O resultado foi consequência de um avanço da inflação de 0,14% em abril



A inflação, enfim, atingiu um patamar abaixo do centro da meta, de 4,5%. Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 4,08% no acumulado em 12 meses. É a menor taxa para essa base de comparação desde julho de 2007, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi consequência de um avanço da inflação de 0,14% em abril, desempenho inferior até mesmo em relação ao que o mercado previa. A mediana das expectativas para o IPCA no período era de 0,18%, de acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC).

[SAIBAMAIS]Para o mercado, a perda de fôlego da inflação é extremamente positiva. O movimento de retração dos preços será um dos pilares responsáveis por manter o processo de redução da taxa básica de juros (Selic). Com a consequente redução do custo do crédito, a expectativa é de que as empresas e famílias paguem as dívidas, o que pode iniciar um processo de retomada da demanda e dos investimentos.

A desaceleração da inflação em abril foi provocada pela queda dos das despesas com energia elétrica, que ficaram mais baratas em 6,39%. Com o recuo, a energia, que é responsável por uma parcela de 3,5% dos gastos dos consumidores, registrou uma contribuição negativa de 0,22 ponto percentual.

O grupo de habitação, por sinal, o qual incorpora a tarifa de energia elétrica, registrou uma deflação de 1,09%, ou seja, uma queda média de preços. Outra categoria de despesas que também contribuiu para a baixa inflação foi o de transportes, que registrou recuo médio de 0,06%. O resultado foi puxado por uma retração dos custos com combustíveis, que ficaram 1,95% mais baratos.