"Acho que o maior problema hoje não é mais o texto, e sim o desconhecimento do texto", disse Oliveira Maia. "São todos (os pontos que geram dúvida), é impressionante. Desconhecimento total."
Nesta quinta-feira (27/4), o presidente da comissão especial da reforma na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), confirmou o adiamento da votação do parecer no colegiado para o dia 3 de maio. Mas o relator avaliou que isso, por si só, não representa mudanças no calendário. "Penso que não muda nada, não, porque você não vai imaginar que vai chega num dia e no dia seguinte já vai para votação em plenário, isso não muda nada, não", disse.
No entanto, Oliveira Maia evitou dizer se a peregrinação pelas bancadas para explicar o texto vai atrasar a data de votação no plenário, coincidindo com o desejo de governistas de esperar entre 20 e 45 dias após a apreciação da reforma trabalhista. "Você não ouvirá de mim essa avaliação", afirmou o relator.
Oliveira Maia frisou mais uma vez que novas mudanças no texto proposto por ele só serão feitas por meio de destaques (sugestões de alteração) apresentados por parlamentares e votados. "O que tiver de fazer agora, que seja através de destaque. Mas não vou criar embaraço nem vou me sentir ofendido por qualquer alteração que seja feita, não sou desses que faz a relatoria e tem que se ater a tudo como está. Quem quiser fazer destaque, faça", disse.
O relator também avaliou que o placar de aprovação da reforma trabalhista - 296 votos favoráveis - é um bom sinal para a Previdência. "Faltaram só 12 votos", destacou.