As informações são da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) que na manhã desta segunda-feira (3/4) divulgou o balanço do período 2016-2017. Atualmente, há 14 empresas operando uma rede que soma 44 linhas, entre metrôs, trens urbanos e outros veículos sobre trilhos. E todas essas linhas juntas transportam pouco menos de 10 milhões de passageiros por dia. A diferença é brutal se ;comparada a uma única linha da China;, que transporta esta quantidade de passageiros diariamente, comparou o presidente do Conselho da ANPTrilhos, Joubert Flores, durante o evento na manhã de hoje em Brasília.
Ele também destacou que mais de 70% dessas viagens são de transporte de trabalhadores e que com o acirramento da crise econômica e consequente desemprego, o volume de passageiros teve queda de 2015 para 2016. ;Essa é uma percepção que as pessoas estão tendo dos trens estarem mais vazios;.
Porém, ele destaca que com a retomada do crescimento, a situação dos transportes sobre trilhos tende a piorar, considerando a timidez nos investimentos e as futuras necessidades. Ele avalia que cidades com mais de um milhão de habitantes teriam que ser transportadas pelos veículos sobre trilhos, devido à sua grande capacidade, quando comparadas a ônibus, por exemplo. ;Um trem com seis carros pode transportar 2 mil, enquanto um ônibus pode chegar a ter capacidade para transportar apenas 70 pessoas;, destaca.
Apesar de a necessidade de uma maior expansão da oferta de transporte sobre trilhos, a expectativa é que o país ganhe 219 Km de trilhos urbanos nos próximos cinco anos. Atualmente há 19 projetos contratados ou em fase de execução. Entre os entraves para atrair o capital privado para esses investimentos, o presidente da ANPTrilhos atribui ;a falta de regras claras e estáveis; para o segmento.