Apesar da crise dos frigoríficos, as exportações brasileiras cresceram 20,1% em março na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 20,1 bilhões. Essa variação é pela média diária que passou de US$ 726,9 milhões para US$ 873,3 milhões, na mesma base de comparativa. Foram considerados 23 dias úteis no mês passado.
Em valores absolutos, o dado do mês passado é 25,6% superior aos US$ 16,0 bilhões embarcados em março de 2016. Já as importações cresceram 7,1% no mês passado, pela média diária, em relação ao mesmo intervalo de 2016, somando US$ 12,9 bilhões. Com isso, o saldo comercial ficou positivo em US$ 7,1 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 1989, início da série histórica do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
O bom desempenho do comércio exterior deveu-se, principalmente, aos embarques de minério de ferro, que deram um salto de 186,7% em março, para US$ 2,3 bilhões, e os de petróleo subiram 145,9%, para US$ 1,3 bilhão. O terceiro maior crescimento nas exportações ficou com a carne suína, de 33,4%, para US$ 138 milhões. Já os embarques de carne bovina encolheram 6,4% pela média diária, passando de US$ 18,7 milhões ao dia, em março de 2016, para US$ 17,5 milhões diários, no mês passado.
No acumulado do ano, as vendas de produtos nacionais para o mercado externo cresceu 20,4%, pela média diária, somando US$ 50,4 bilhões. Já as importações aumentaram 8,4%, pela média diária, para US$ 36,0 bilhões. O saldo comercial ficou positivo em US$ 14,4 bilhões, o melhor resultado para o primeiro trimestre na história.