Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6/3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apenas em fevereiro, a inflação medida pelo IPC-C1 ficou em 0,07%, taxa inferior ao percentual de janeiro: 0,54%.
A queda do IPC-C1 foi provocada por recuos em seis das oito classes de despesas que compõem o índice, entre elas, alimentação, que passou de uma inflação de 0,34% em janeiro para uma deflação (queda de preços) de 0,45% em fevereiro.
A inflação dos transportes, por exemplo, recuou de 2,07% para 0,72%. Os custos com vestuário, que já tinham caído 0,14% em janeiro, tiveram uma queda ainda maior em fevereiro: 0,37%.
Alimentos mais baratos arrefecem inflação
As famílias de baixa renda gastaram menos com alimentos em fevereiro, o que ajudou a desacelerar a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). O IPC-C1 saiu de uma alta de 0,54% em janeiro para aumento de 0,07% em fevereiro.
Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação menores: Alimentação (de 0,34% em janeiro para -0,45% em fevereiro), Transportes (de 2,07% para 0,72%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,74% para 0,67%), Vestuário (de -0,14% para -0,37%), Despesas Diversas (de 0,49% para 0,36%) e Comunicação (de 0,42% para -0,02%).
Os destaques partiram dos itens bebidas não alcoólicas (de 1,63% para -0,58%), tarifa de ônibus urbano (de 3,42% para 0,90%), cursos formais (de 10,70% para 0,00%), roupas (de -0,40% para -0,46%), cartório (de 7,55% para 2,56%) e tarifa de telefone móvel (de 1,12% para 0,16%), respectivamente.
Na direção oposta, os gastos foram maiores com Habitação (de 0,06% para 0,27%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,23% para 0,32%), sob influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de -0,62% para 0,38%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,27% para 0,26%).
O IPC-C1 é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos.