Jornal Correio Braziliense

Economia

Ritmo de redução da Selic pode ser ampliado, aponta ata do Copom

Alguns analistas já defendiam o corte de 1 ponto percentual na última reunião do Copom, mas a diretoria colegiada da autoridade monetária reduziu a Selic em um movimento já esperado pelo mercado, de 0,75 ponto

O ritmo de redução da taxa básica de juros (Selic) pode ser intensificado. É o que indica a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que reduziu na última semana a taxa referencial do mercado financeiro de 13% para 12,25% ao ano.

Alguns analistas já defendiam o corte de 1 ponto percentual na última reunião do Copom, mas a diretoria colegiada da autoridade monetária reduziu a Selic em um movimento já esperado pelo mercado, de 0,75 ponto. Agora, com a divulgação da ata, as previsões de um ciclo mais agressivo de queda dos juros voltam a serem debatidas.

O entendimento dos diretores do Copom é que, ;com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve a antecipação do ciclo de distensão da política monetária.;

A diretoria colegiada do BC avalia que as expectativas do ritmo de desinflação têm evoluído de maneira positiva e dentro do esperado. ;Todos os membros do Comitê concordaram que as perspectivas para a inflação evoluíram de maneira favorável e, em boa parte, em linha com o esperado desde a reunião do Copom em janeiro".

Diante das boas expectativas, o BC revisou as previsões para a inflação. A atual projeção da autoridade monetária é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano com uma alta de 4,2%, dentro do centro da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. Para 2018, a projeção é de que o indicador fique em 4,5%.